OVELHA PERDIDA

Há alguns anos, numa manhã de sábado, eu aguardava, no ponto, o ônibus que me levaria ao consultório do cardiologista para uma consulta de rotina. Subi no ônibus. Moro perto da PUC-MG, campus Coração Eucarístico, também conhecido como Campus Central. Nem bem o motorista começou a movimentar o veículo, teve que dar uma freada violenta, pois um carro saía do estacionamento da Universidade sem levar em conta a aproximação do ônibus. Com a freada, fui arremessada ao chão e fiquei caída na escada, de cabeça para baixo. Logo, um senhor idoso que ocupava um dos assentos privativos, logo na frente, levantou-se e me estendeu a mão para ajudar-me a levantar. Imediatamente, me veio à lembrança o quadro do pastor que procurava salvar a ovelha perdida. Naquele momento, senti-me como a ovelha sendo resgatada.
O motorista pediu que os passageiros todos descessem, pois teria que levar-me para ser atendida num hospital. Aquele senhor, que representou o pastor, optou por acompanhar-nos. Fui examinada e não foi constatado nenhum problema decorrente da queda. Telefonei para a filha, contando o ocorrido, e, como na hora não podia ir até onde eu estava, pediu a uma amiga que estava trabalhando com ela para ir encontrar-se comigo e trazer-me para casa.
Vivenciei concretamente a situação da ovelha perdida...